sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Famílias Evangelizadas: uma proposta para O Ano Catequético


O noticiário da TV e do rádio só nos trazem violência; programas e novelas nos mostram famílias fragmentadas e dilaceradas, como se fossem exemplos a serem seguidos. Ouvimos muito falar que hoje já não se cultivam valores essenciais e nem se levam em conta preceitos religiosos quando estes interferem em nossa maneira de viver. No entanto, ainda ouvimos dizer que a família é a célula da sociedade; família é Igreja doméstica.
Nesse contexto, a Igreja no Brasil nos oferece à reflexão, um Ano Catequético. Não um ano dedicado à catequese, como muitos poderiam pensar, uma preocupação apenas para catequistas, mas um ano de ações e promoções para “um despertar de todos os cristãos para a importância do aprofundamento e do amadurecimento na fé, vivida no seio de uma comunidade, empenhada em irradiar a vida em Cristo para toda a sociedade”. É o que nos diz o texto do Ano Catequético Nacional(2), documento aprovado por todos os bispos do Brasil na Assembléia da CNBB de 2007. Isto significa que a Igreja se dirige a todos os cristãos católicos, de todas as pastorais, de todos os movimentos, de todos os segmentos para que, em comunhão, numa verdadeira pastoral de conjunto, possamos “dar um novo impulso à catequese como serviço eclesial e como caminho para o discipulado”(3) de Jesus Cristo.
A experiência de um encontro com o Mestre, a exemplo daquele que tiveram os discípulos de Emaús (Lc 24,13-35), experiência que abrasou seus corações e trouxe significado à sua caminhada, precisa ser levada às famílias de nossas comunidades, indiferentes, distantes, sofridas e pobres. E é preciso lembrar que antes de falar, Jesus ouviu as angústias e decepções dos discípulos e caminhou devagar com eles até levá-los à ressurreição de sua própria esperança. Muitas famílias precisam exatamente disso: serem ouvidas pela Igreja em suas decepções e angústias. Muitas famílias precisam de que a Igreja caminhe com elas devagar e lhes devolva a esperança.